quinta-feira, 27 de novembro de 2008

ALGUMAS DICAS ORTOGRÁFICAS


Catorze ou quatorze?

As duas formas estão corretas:
Tenho catorze/quatorze anos.


Cabeleireiro ou cebeleleiro?


O vocábulo "cabeleireiro" é derivado da palavra "cabeleira" mais o sufixo -eiro (indicador de profissão):

Fui ao cabeleireiro ontem.

Bebedor ou bebedouro?

"Bebedor" é aquele que bebe; "bebedouro" é o aparelho que fornece água:

Tio José é um grande bebedor de cerveja.
Não gosto de beber água no bebedouro da escola.

Mozarela ou muçarela?

As duas formas estão corretas:
Adoro pizza de mozarela/muçarela.


Mortadela ou Mortandela?

A forma correta é "mortadela":
Adoro pão com mortadela.


Mendigo ou mendingo?

A forma correta é "mendigo":
Aquele mendigo não sai da esquina.

Nada a ver ou nada haver?

Usa-se o verbo "ver" nessa expressão:
Minha irmã não tem nada a ver comigo.




quinta-feira, 20 de novembro de 2008

SAERJ




No dia 26 de Novembro de 2008, será aplicada a prova do SAERJ (Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro). Serão aplicados testes de Língua Portuguesa, Matemática e Questionários aos alunos da Rede Estadual de Ensino do Rio de Janeiro. Farão a prova os alunos do 5º ano (antiga 4ª série) e 9º ano (antiga 8ª série) do Ensino Fundamental, do 3º ano do Ensino Médio e Curso Normal, da fase IV e VIII Do Ensino Fundamental do EJA (Educação de Jovens e Adultos) e do 3º ano do Ensino médio do EJA.




sábado, 15 de novembro de 2008

DEZ DICAS ORTOGRÁFICAS


  • Há ou a?
"Há" refere-se a tempo passado, enquanto "a" refere-se a tempo futuro e distância:
Não vejo José dois meses.
A festa de Alice será daqui a duas semanas.
Minha casa fica a dois quarteirões daqui.
  • Aonde ou onde?
"Aonde" é usado com verbos de movimento, equivalendo a "para onde" (aonde= para onde); enquanto "onde" é utizado com verbos que não expressam idéia de movento:
Aonde ele foi tão arrumado?
Onde você estuda?
  • Bem-vindo ou Benvindo?
"Bem-vindo" é um adjetivo composto; "Benvindo" é nome próprio:
Seja bem-vindo!
Eu me chamo Julio Benvindo.
  • Champanha ou Champanhe?
As duas formas estão corretas. Trata-se de um substativo masculino:
Vou abrir o champanha/ o champanhe
  • Descriminar ou discriminar?
"Descriminar" significa "inocentar", "liberar", "absolver de um crime"; "Discriminar" significa "distinguir":
Certos governos pensam em descriminar o uso de drogas.
Ainda discriminam pessoas negras.
  • Estada ou Estadia?
Usa-se "Estada" para permanência de pessoas ; "Estadia" para permanência de carros:
Minha estada no Egito foi inesquecível.
Paguei dez reais pela estadia do meu carro.
  • "Menor de idade" ou "de menor"?
A norma culta aceita apenas a expressão "Menor de idade":
Larissa ainda é menor de idade.
  • Seja ou Seje?/ Esteja ou Esteje?
Não existem as formas Seje/Esteje:
Espero que você seja feliz e que você esteja bem.
  • Privilégio ou Previlégio?
Existe apenas a forma "privilégio":
Foi um privilégio hospedá-la.
Viagem ou viajem?
"Viagem" com G é substantivo e "Viajem" com J é verbo:
Nossa viagem foi inesquecível.
Talvez eles viajem no final de semana.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Para refletir: Nóis Mudemo


O ônibus da Transbrasiliana deslizava manso pela Belém-Brasília rumo a Porto Nacional. Era abril, mês das derradeiras chuvas. No céu, uma luazona enorme pra namorado nenhum botar defeito. Sob o luar generoso, o cerrado verdejante era um presépio, toda poesia e misticismo.Mas minha alma estava profundamente amargurada. O encontro daquela tarde, a visão daquele jovem marcado pelo sofrimento, precocemente envelhecido, a crua recordação de um episódio que parecia tão banal... Tentei dormir. Inútil. Meus olhos percorriam a paisagem enluarada, mas ela nada mais era para mim que o pano de fundo de um drama estúpido e trágico.As aulas tinham começado numa segunda-feira. Escola de periferia, classes heterogêneas, retardatários. Entre eles, uma criança crescida, quase um rapaz.- Por que você faltou esses dias todos?- É que nóis mudermo onti, fessora. Nóis veio da fazenda. Risadinhas da turma.- Não se diz "nóis mudemo", menino! A gente deve dizer: nós mudamos, tá?-Tá, fessora!'No recreio, as chacotas dos colegas: Oi, nóis mudemo! Até amanhã, nóis mudemo! No dia seguinte, a mesma coisa: risadinhas, cochichos, gozações.- Pai, não vô mais pra escola!- Oxente! Módi quê?Ouvida a história, o pai coçou a cabeça e disse:- Meu fio, num deixa a escola por uma bobagem dessa! Não liga pras gozações da mininada! Logo eles esquece.Não esqueceram.Na quarta-feira, dei pela falta do menino. Ele não apareceu no resto da semana, nem na segunda-feira seguinte. Aí me dei conta de que eu nem sabia o nome dele. Procurei no diário de classe e soube que se chamava Lúcio - Lúcio Rodrigues Barbosa. Achei o endereço. Longe, um dos últimos casebres do bairro. Fui lá, uma tarde. O rapazola tinha partido no dia anterior para a casa de um tio, no sul do Pará.- É, professora, meu fio não aguentou as gozação da mininada. Eu tentei fazê ele continua, mas não teve jeito. Ele tava chatiado demais. Bosta de vida! Eu devia di té ficado na fazenda côa famia. Na cidade nóis não tem veis. Nóis fala tudo errado.Inexperiente, confusa, sem saber o que dizer, engoli em seco e me despedi.O episódio ocorrera há dezessete anos e tinha caído em total esquecimento, ao menos de minha parte.Uma tarde, num povoado à beira da Belém-Brasília, eu ia pegar o ônibus, quando alguém me chamou. Olhei e vi, acenando para mim, um rapaz pobremente vestido, magro, com aparência doentia.- O que é, moço?- A senhora não se lembra de mim, fessora?Olhei para ele, dei tratos à bola. Reconstituí num momento meus longos anos de sacerdócio, digo, de magistério. Tudo escuro.- Não me lembro não, moço. Você me conhece? De onde? Foi meu aluno? Como se chama?Para tantas perguntas, uma resposta lacônica:- Eu sou "Nóis mudemo”, lembra?Comecei a tremer.- Sim, moço. Agora lembro, Como era mesmo seu nome?- Lúcio - Lúcio Rodrigues Barbosa.- O que aconteceu com você?- O que aconteceu ? Ah! fessora! É mais fácil dizê o que não aconteceu . Comi o pão que o diabo amasso. E êta diabo bom de padaria! Fui garimpeiro, fui bóia fria, um "gato" me arrecadou e levou num caminhão pruma fazenda no meio da mata. Lá trabaiei como escravo, passei fome, fui baleado quando consegui fugi. Peguei tudo quanto é doença. Até na cadeia já fui para. Nóis ignorante às veis fais coisa sem querê fazé. A escola fais uma farta danada. Eu não devia de té saído daquele jeito, fessora, mas não aguentei as gozação da turma. Eu vi logo que nunca ia consegui fala direito. Ainda hoje não sei.- Meu Deus!Aquela revelação me virou pelo avesso. Foi demais para mim. Descontrolada comecei a soluçar convulsivamente. Como eu podia ter sido tão burra e má? E abracei o rapaz, o que restava do rapaz, que me olhava atarantado.O ônibus buzinou com insistência.- O rapaz afastou-me de si suavemente.- Chora não, fessora! A senhora não tem curpa.Como? Eu não tenho culpa? Deus do céu!Entrei no ônibus apinhado. Cem olhos eram cem flechas vingadoras apontadas para mim. O ônibus partiu. Pensei na minha sala de aula. Eu era uma assassina a caminho da guilhotina.Hoje tenho raiva da gramática. Eu mudo, tu mudas, ele muda, nós mudamos, mudamos, mudaamoos, mudaaamooos... Super usada, mal usada, abusada, ela é uma guilhotina dentro da escola. A gramática faz gato e sapato da língua materna - a língua que a criança aprendeu com seus pais e irmãos e colegas- e se torna o terror dos alunos. Em vez de estimular e fazer crescer, comunicando, ela reprime e oprime, cobrando centenas de regrinhas estúpidas para aquela idade.E os lúcios da vida, os milhares de lúcios da periferia e do interior, barrados nas salas de aula: "Não é assim que se diz, menino!" Como se o professor quisesse dizer: "Você está errado! Os seu s pais estão errados! Seus irmãos e amigos e vizinhos estão errados! A certa sou eu! Imite-me! Copie-me! Fale como eu ! Você não seja você! Renegue suas raízes! Diminua-se! Desfigure-se! Fique no seu lugar! Seja uma sombra!" E siga desarmado para o matadouro´.


(Fidêncio Bogo)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Cinema brasileiro


Ai vai uma boa sugestão para quem gosta do cinema nacional. Durante todo mês de novembro, de segunda a quinta-feira, os ingressos estão sendo vendidos por apenas 4 reais. Para saber mais sobre essa promoção, acesse o site http://www.ancine.gov.br/. Vale a pena prestigiar o cinema nacional.

"Analfabetismo vai à escola"


Discordo da opinião de Azuete Fogaça que afirma em seu artigo "Analfabetismo vai à escola" (Jornal "O Globo" - 28/09/2008) que um dos grandes grandes culpados pelos alunos não aprenderem nas Escolas Públicas são os trabalhos deficientes dos docentes e que estes acham normal os alunos passarem pela a escola sem aprender. Ela ainda afirma que o desinteresse da família não é primordial no fracasso escolar. Mas concordo com Azuete quando ela diz que o sistema escolar contribui para o fracasso dos alunos.

Como educadora tenho visto os esforços e preocupações de muitos colegas meus (professores, orientadores pedagógicos e gestores), ou seja, um esforço em conjunto, para que nosso alunos aprendam. O grande culpado é a escassez de recursos materiais? Não. A maioria das escolas públicas do Rio de Janeiro possuem sala de vídeo, sala de informática, sala de leitura, sala de artes, biblioteca com excelentes exemplares; oferta alimentação e uniforme e ainda muitas vezes, para os alunos carentes, doa lápis, borracha, caneta e borracha; o Governo Federal doa os livros.

Então, os professores não sabem ensinar? Claro que sabem, aprensentamos os mesmos conteúdos várias vezes e de diferentes maneiras..., estamos sempre nos aperfeiçoando através palestras, cursos , oficinas e de leitura de livros..

Por que então meu aluno passa pele ensino fundamental e sai de lá analfabeto ou semi-analfabeto? Tive um aluno que na sexta série (atual sétimo ano) que não sabia assinar corretamente o próprio nome e um outro na quinta série (atual sexto ano) que só sabia copiar sem saber ler e outro que não entendia o que lia (um analfabeto fuincional) e podemos ver centenas ou milhares de casos assim...

Como um aluno assim foi promovido, chegando ao segundo segmento do ensino fundamental? Reprovação automática, pode-se apenas reprovar uma pequena porcentagem da turma. O sistema de ciclos não vem dado certo no Brasil, pois não foi colcocado em prática e nem compreendido do modo que deveria ser. Vai-se empurrando, empurrando, e o aluno conclui o Ensino Fundamental analfabeto.

A culpa então é da família, que não acompanha seu filho na escola e também tem pouco estudo? Não descarto a culpa da família. Ser pobre condiciona o aluno a não aprender? Claro que não. Conheço excelentes professores que são filhos de analfabetos. Mas eu sempre me pergunto o seguinte: Como uma criança ou adolescente vai aprender, se as famílias acham que para se aprender é necessário a crianças apenas estar de corpo presente na escola? Muitas vezes digo aos meus alunos que eles estão na escola para terem uma profissão, serem alguém na vida, para resolverem as pequenas coisas do cotidiano, que através da leitura conhecemos o mundo... Mas eles não vêem significado nisso. Ser alguém na vida? Ser quem? Às vezes não tem ninguém para se espelhar.. Eles passam quatro horas por dia na escola e as outras vinte fora dela. Fora da escola não eles têm acesso a nenhum tipo de texto... Chegam à escola sem valores nenhum.. Não sabem se dirigir e nem respeitar o próximo. Acho q na cabeça dos pais é obrigaçaõ da escola ensinar boas maneiras . Não possuem conhecimento de mundo. Para se compreener um texto é necessário conhecimento de mundo. Não têm interesse na escola. Muitas vezes vejo professores inovando as aulas para tentar despertar o interesse dos alunos, mas é em vão.... Parece que os alunos não se interessam... A escola é um estrageiro para eles.... Eles não sentem nenhum prazer em ir à escola... Como ensinar quem não quer aprender?

O sistema de ensino então é o grande vilão? Eu acredito que ele possui uma grande parcela de culpa, pois ele pensa em apenas melhorar as estatísticas, diminuir o número de repetentes, não quer reter os alunos na mesma série. Preocupa-se apenas com o números, não tendo nenhum compromisso com a qualidade. Porém não posso descartar o esforço do Governo em proporciar materiais didáticos aos alunos, recursos didáticos para os professores poderem ensinar, cursos para o aperfeiçoamento dos docentes, até mesmo oficinas e projetos nas escolas que englobam também a comunidade em que a escola está localizada...

Acredito que a Educação no Brasil só pode mudar quando a mentalidade da sociedade mudar e quando esta souber o quer para poder exigir... E o mais importante é que haja diálogo entre a escola, a família do aluno e o sistema escolar... E você? Qual é a sua opinião?


Leia o artigo de Azuete Fogaça:


terça-feira, 11 de novembro de 2008

"Marley e eu"


"Marley e eu", de John Grogan, é um belíssimo livro. O autor narra uma emocionate história de amor e amizade entre ele mesmo e seu cão hiperativo Marley. O livro mostra como um cão pode ser um grande companheiro e um amigo fiel do homem.


Marley e Eu: a Vida e o Amor ao Lado do Pior Cão do Mundo


JOHN GROGAN


Sinopse: John e Jenny eram jovens, apaixonados e estavam começando a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "um bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que, rapidamente, se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava nas visitas, comia roupa do varal alheio e abocanhava tudo a que pudesse. De nada lhe valeram os tranqüilizantes receitados pelo veterinário, nem a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. Mas, acima de tudo, Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Imperdível.